[MÚSICA] Quando pensamos na existência de departamento que cuide das atividades relacionadas à s pessoas nas organizações, nos vem a mente o nome de área de RH, gestão de pessoas, DHO, gente que cuida de gente, dentre tantas outras e é pela estrutura organizacional, pela forma que a gente identifica as caixinhas, aquelas áreas e posições nas organizações que nós vamos começar a posicionar o histórico de RH, especialmente o do business partner, então vamos voltar na história do processo de industrialização e identificar que aquelas caixinhas começam a ser definidas quando existe aumento do processo produtivo. O que isso quer dizer? Que as indústrias começam a crescer, a gente começa a ter mais pessoas trabalhando e como lá no inÃcio do processo de formação das indústrias a automatização ainda era mecânica, nós temos a força para produzir muito relacionada com a disponibilidade das pessoas. Para produzir a gente precisava contratar gente e é nesse momento da história que o dono da fábrica e idealizador do negócio percebe que não consegue mais gerir todas as áreas e precisa e começa a departamentalizar essas áreas para ter mais eficiência. Temos aà olhar pouco engenheirado, que a administração cientÃfica vem nos ajudar a compreender e por isso os departamentos são criados e as posições são claramente definidas. As atividades eram controladas por tempos e métodos e existe uma separação lá no começo do processo de industrialização entre o pensar e o fazer. Nesse momento da história, no inÃcio lá do processo de industrialização, a gente começa a identificar as diferentes áreas e recursos humanos não foge à regra. A gente pode perceber que tem o DP, o departamento de pessoal, RI, relações industriais e tantas nomenclaturas que a gente identificava lá no passado e essas áreas elas cuidavam especialmente das relações de transação, daquilo que era acordado entre o funcionário, trabalhador e a organização e também com as agências ou orgão reguladores fora da indústria, fora da empresa, que começam a normatizar ou definir as regras e leis sobre a forma de trabalho. Quando a gente vai caminhando mais pouquinho na nossa história, a gente tem autor que chama Alfred Chandler, lá 1960, que vai nos ajudar a compreender como essas indústrias ou essas empresas foram expandindo, especialmente lá no mercado norte-americano e começam a ganhar aà volume ou corpo territorialmente falando, é nesse lugar de crescimento estratégico, onde a gente começa a ter expansão dos negócios que a gente começar a identificar novas formas de organizar, então, a área de RH que antes estava alà na matriz, centralizada departamento, departamento pessoal, relações industriais ou o nome que fosse para a época, começa a ter que caminhar junto, territorialmente falando, para outros lugares para conseguir ajudar ou apoiar o negócio a ter mais poder de decisão fora da sua matriz, ter mais agilidade nessa entrega, isso significa dizer que com a expansão das indústrias, principalmente diferentes regiões, tem aà aumento, então, de complexidade para gerir os negócios, não somente fÃsicos, de localidade, mas também com os recursos ou as pessoas que eram vistas como tal. A gente tinha os recursos humanos, as pessoas vistas muito como recursos e elas passam a ser identificadas ou vistas de uma outra forma porque a gente começa a ter novo olhar ou uma nova entrega função dessa complexidade, desse aumento de complexidade e aà a gente passa, como a área de RH, a ter passo a mais na história, deixa de ter só aquelas funções transacionais, dos acordos de pagamento, etc, para conseguir andar de bracinho dado aà com quem está à frente do negócio, para que, realmente, possa olhar de forma mais estratégica as pessoas, então a gente começa também a ter a separação, a gente não tem só quem pensava e quem agia, a gente começa a ter uma mudança posicionamento, as pessoas não são vistas mais como recursos, mas elas começam a ser percebidas e fazem parte do negócio e agregam valor ao negócio, começa a ter olhar sobre vantagem competitiva, como é que a gente consegue, por meio das pessoas, alcançar novos lugares, ganhar mercado, ter mais resultado aà dentro das organizações de onde elas estão atuando e caminhando aà na história, neste momento que RH começa também a estruturar novas áreas ou novas formas, eu deixo de estar só atendendo na matriz para conseguir atender outras unidades de negócio de diferentes maneiras, então o RH deixa de cuidar só das atividades transacionais para ter, realmente, olhar sobre o desenvolvimento de competências futuras, aquelas que vão agregar mais valor para o negócio e para as pessoas. A gente observa, então, novas caixinhas, até na estrutura organizacional a gente começa a ver novos departamentos sendo criados, profissionais sendo alocados nas unidades de negócio para dar mais agilidade ao processo, para sentir aà quais são as demandas do negócio e a partir daà poder ter mais respostas para aquela localidade, longe da matriz, a matriz vai ter outros desafios por estar na matriz, então a gente começa a ver novas áreas acontecendo e o surgimento desse parceiro do negócio, desse business partner e ainda caminhando, não só no território, as empresas começam a crescer não só expansão territorial, que é o que esse autor aà traz para a gente, mas também complexidade, no sentido de adquirir novos negócios, sinérgicos ou não ao negócio inicial, a gente começa a ter, dentro dessa linha histórica que a gente faz esse nosso recorte, aumento de complexidade, não só territorial, para entender o que é que acontece naquela área, naquela região, mas também novos negócios começam a fazer parte do portfólio daquela organização, isso aumenta e muito a complexidade e função desse aumento de complexidade dos negócios, de novo, eu não tenho mais só RH que está lá na ponta ou na unidade de negócios e RH que fica na matriz, mas também recursos humanos como área precisa entregar, muitas vezes, de forma global, precisa entregar soluções que possam atender a demanda lá na ponta, mas também entreguem, de forma, muitas vezes, customizada ou com menor custo. A gente começa a ter o olhar ou encontrar dentro dessas organizações aà que tomaram uma posição global centros de serviços compartilhados, centros de especialidades, além daquele RH corporativo que ficava na matriz ou RH dedicado lá na ponta dos negócios, então, muito mais do que caixinhas novas que surgem, o que a gente observa também é uma mudança de comportamento e de competências requeridas dos profissionais de RH para conseguirem atender as novas demandas e a complexidade com relação à gestão de pessoas nas organizações, então, o RH deixa de ter olhar apenas para os seus processos e passa, efetivamente, a influenciar o negócio por meio de sua atuação como parceiro estratégico. [MÚSICA]