[MÚSICA] Olá, neste curso de empreendedorismo e inovação é absolutamente imprescindÃvel que ingressemos na discussão sobre o design thinking. Terminologia recentemente construÃda para pensar inovação numa perspectiva centrada no humano e que terá na dinâmica da experimentação, na intensificação da nossa capacidade imaginativa, e da nossa grande empatia os fundamentos centrais. Nesta aula, quero bater papo com você sobre as principais etapas do chamado design thinking. Por que será que o design thinking se tornou tão falado, tão discutido, tão aplicado organizações? Que etapas o design thinking possui? Será que possivelmente posso gerenciá-lo? Quais os requisitos centrais para que o design thinking funcione bem? Esses são os objetivos de aprendizagem. Quero que você entenda essas macro etapas e saiba justificar porquê que o design thinking deve ser utilizado sua empresa, na sua organização. O design thinking parte da ideia de que nós lÃderes somos chamados a desenvolver inovação. Somos chamados a conduzir não apenas nós mesmos. Sejamos inovadores, inovadoras, nosso time tem que ser inovador. Eu tenho que puxar as pessoas para trazer novas soluções, compreender empaticamente as dores dos clientes. Como dito anteriormente, precisamos ter não apenas a base nos fatos, naquilo que já existe, mas também no ficto. Na capacidade imaginativa de desenvolver novas soluções. Colocar as pessoas no centro. Durante muito tempo a inovação foi entendida como bits and bytes. Como coisas que os engenheiros, nos seus laboratórios, e nos seus testes pudessem desenvolver a melhor solução. Vemos que não é bem assim atualmente. A inovação tem que ter como centro as pessoas. Sim, as pessoas. Ser empático com as mesmas. Entender suas dores. Realmente ter uma grande imersão naquilo que os indivÃduos para os quais a inovação foi pensada, ou será pensada, não é isso, para quem nós estamos servindo. Então a perspectiva é que eu tire o centro de gravidade de mim mesmo e coloque o centro de gravidade nossos clientes. Cuidado. Apesar da terminologia design thinking, o thinking aqui pode ser pouco enganador. Design que conversaremos tem a ver com efetivamente mudar modelos mentais, mas, essencialmente, tem a ver com action, para manter a terminologia lÃngua inglesa. Design action, caso você prefira, tem que trabalhar, pôr a mão na massa, experimentar, testar e nunca parar de ser empático com os clientes. Mas que tipo de problemas podem ser solucionados por esse incrÃvel metodologia? Deixa eu separar aqui com você a discussão sobre os chamados Tame Problems e os chamados Wicked Problems. O design thinking é designado para problemas que têm natureza humana, complexos e cuja solução não é anteriormente compreendida. São, na terminologia inglês, os wicked problems. Os tame problems são problemas estruturados, estruturáveis, tal como jogo de xadrez. Imagina que eles possam ser resolvidos computacionalmente. Imagina que eu posso ter etapas e algorÃtimos capazes de solucioná-los. O jogo de xadrez assim o é. Haja vista que já a alguns anos conjunto interessante de processadores, numa máquina particularmente robusta, com particular estrutura de programação, vence os grandes campeões mundiais. Caso muito interessante que Garry Kasparov, talvez dos mais famosos e importantes enxadristas da história, perdeu para o então computador da IBM, o Deep Blue. Mais recentemente também o maravilhoso jogo de Go mais conhecido no oriente foi também, digamos, palco dessa discussão entre o que os computadores fazem e o que os seres humanos fazem. O design thinking trabalhará com problemas humanos, os wicked problems. Como macroscopicamente tudo isso acontece? Dá uma olhadinha nessa figura. A primeira etapa superior, laranja, refere-se a uma imersão e definição do problema. Imersão aqui significa compreendê-lo profundo detalhamento. E a definição exata de que problema este cliente está vivenciando. É aquele exercÃcio de empatia sobre o qual falamos. Se eu entender bem problema, na perspectiva do cliente, eu começo, então, a desenvolver a segunda etapa, que é a etapa de geração de ideias, sobre a qual falaremos detalhes. Os processos de brainstorming mas não apenas isso. O processo de pensar aquele problema a partir de outras perspectivas. E finalmente, a ideia de prototipagem e testes. Por que é necessário que eu faça a experimentação e que eu mantenha a correlação empática com o cliente para cocriar com estes, para que estes o tempo todo apontem as deficiências, apontem as possÃveis melhorias, digam o que pensam acerca daquela solução. Portanto, o design thinking tem a ver com essas três macro etapas. De maneira iterativa, posto que eu posso recomeçar a fase novamente, revisitá-la, e revisitá-la caso seja necessário. É processo gerenciável, mas não necessariamente linear. Olha esta outra figura que a gente demonstra as etapas, agora, de maneira pouquinho mais detalhada. Numa primeira fase vemos a ideia da exploração que se identifica o problema, e se podem usar ferramentas tais como desk research na internet, vamos entender o que já foi publicado, pesquisas exploratórias. Uma segunda fase que vamos denominar de empatia ou empatizar, que se refere a ganhar profundidade de problema aos olhos dos usuários. Aqui ferramentas como etinografias, entrevistas, observações, shadowing, ou estarmos muito próximos da execução com o cliente, entendimento das jornadas dos consumidores. Uma terceira fase, a definição especÃfica do problema a ser solucionado. Aà técnicas como pesquisas quantitativas que eu mensurarei indicadores, ou até análises como de pareto podem ser úteis, para que a gente então exerça pensamento convergente. A idealização, a ideação no momento que eu tenho as novas ideias acerca daquele tema, de novo exercitarei os pensamentos mais divergentes, gerando novas ideias, fazendo brainstorming, mapas mentais. Vamos buscar olhar ao lado e identificar novas soluções. Finalmente, uma quinta etapa, muito importante, a chamada prototipagem, que a gente desenvolverá as chamadas hipóteses da solução do problema. Hipótese ciência é a denominação que se dá para uma solução prévia de certo problema. Vamos usar pilotos, vamos fazer várias técnicas de prototipagem, das de menor nÃvel de fidelidade, até aquelas que se aproximam dos produtos reais. Finalmente, os testes. Vamos testar com os clientes mais uma vez. Verificar se aquele protótipo, ideia, hipótese são efetivamente validados na mente deste consumidor, desta consumidora, os chamados testes de usabilidade. Com esta aula identificamos os principais aspectos iniciais de fazer design thinking. Vamos aprofundar? [MÚSICA]