[MÚSICA] Não existe único modelo exitoso na gestão, e seleção de talentos, desenvolvimento de talentos, e o que é efetivo para negócio pode não ser para o outro. As variáveis internas pra uma organização, assim como o ambiente no qual ela se insere determinam os tipos de transação que serão realizados por uma empresa, determinam o seu planejamento estratégico, determinam a estrutura de equipes mais adequada, ou seja, isso varia muito. As organizações, elas têm mais resultado, melhores resultados quando existe congruência aqui entre esses fatores. Mas a digitalização do mundo, e especificamente dos negócios, unida aos valores defendidos pelas novas gerações, alteraram muito a perspectiva de carreira. Então, quando a gente pensa carreiras tradicionais a gente falava que uma carreira, que é ali aquela sequencia de trabalhos que a pessoa tem ao longo da vida, durava 50, 60, 70 anos. Hoje isso é mais longo porque as pessoas já não querem mais ver a sua carreira acabar quando elas se aposenta. As gerações mais velhas estão buscando outras atividades. E além disso, o tempo médio cada emprego hoje é aproximadamente cinco anos. A relação entre empregados, empregadores, empresas e profissionais também mudou muito. Como a duração do ciclo de carreira aumentou, e como a rotatividade entre os empregos aumentou, as expectativas entre os profissionais também mudaram relação às empresas nesse aspecto desse contrato. Estudo, levantamento do grupo Tendências Globais de Capital Social Universidade da Deloitte, realizada 2017, apontou que o tema carreira e aprendizado ganhou grande relevâncias nos anos anteriores ao estudo, e temas relacionados a recursos humanos como todo. E com isso as empresas sentem cada vez mais uma necessidade maior de investirem seus talentos, outro estudo que eu sempre gosto muito de mencionar, também, na verdade é livro que os principais sócios da McKinsey escreveram onde eles listavam os dez principais desafios dos líderes. E captação, retenção e desenvolvimento de talentos faziam parte desses dez grandes desafios. Eu dou muito exemplo de estudos aqui para sustentar as ideias, e aí outro estudo realizado com mais 600 mil pesquisadores, profissionais de entretenimento, políticos e atletas, identificou que profissionais de alto desempenho são 400% mais produtivos que a média. Ou seja, o gap, a diferença é muito grande entre você ter uma equipe mediana, e uma equipe de alto desempenho. Outros estudos, só que mais voltados a negócios, mostraram resultados muito similares. E revelaram que esse gap, ele aumenta quando a gente está considerando atividades de alta complexidade. E no mundo de hoje, quase tudo que a gente faz envolve alta complexidade. Então, essa guerra por talentos ela está muito longe de chegar ao fim. E mesmo que você me pergute, mas é difícil encontrar emprego, espera, eu estou falando aqui de talento, das posições mais desejadas e dos profissionais mais capacitados. Existe uma guerra de talentos e isso se intensifica na medida que as pessoas se desenvolvem. E essa guerra está muito longe de chegar ao fim, porque posições de média e alta complexidade os profissionais de alto desempenho tem grande participação nos resultados. Então, nesse cenário eu sempre dou uma recomendação muito importante. É erro diminuir as despesas de recursos humanos, isso pode dificultar ainda mais a busca, a captação e a seleção dos melhores talentos. É muito importante ter programas de capacitação, seja dos high potentials, dos principais talentos ou de todos. A gente falou hoje de muitas práticas ai de ensino ativo que sejam, que as pessoas participem que sejam colaborativas. A gente pode pensar universidade da empresa, pode pensar cada vem mais capacitação digital ead, então é muito importante investir nos profissionais. E investir também com sonhos de trabalho para que os colaboradores não queiram sair, para que diminua a rotatividade, porque isso também é muito relevante cenário tão desafiador. [MÚSICA]