[MÚSICA] Olá! [MÚSICA] Bem vindos ao nosso último módulo desse curso onde nós vamos falar sobre a reconstrução. Sobre o processo que passa o sinal do mundo digital para o mundo analógico. Nesse módulo, a gente vai fazer uma coisa muito parecida com o que a gente fez no último. A gente vai ver o efeito de vários parâmetros; a gente vai ver as distorções que são causadas; como a gente pode controlar algumas dessas distorções; por que a gente vai escolher parâmetro maior ou menor de período de amostragem; e coisas assim. Então vamos começar retomando exemplo que a gente já falou pouco dele na introdução desse curso, que é o exemplo da imagem. Ele é exemplo mais ou menos, porque a gente não faz exatamente uma reconstrução. A gente passa do tamanho da imagem para uma tela e a sua tela continua sendo digital. Lembra que eu falei para vocês que a tela tem uma série de pixels? Ela tem uma série de pontinhos aqui, onde cada pontinho tem uma luzinha vermelha, verde e azul. E esses pontinhos acendem de acordo com a cor que você quer mostrar naquele ponto. Mas ainda assim você tem estudo interessante para fazer aqui, que é o seguinte. A hora que você olha para a sua imagem, retomando o exemplo que a gente já falou lá atrás, a sua imagem, então, desse cameraman é conjunto de 256 valores na horizontal, 256 valores na vertical. Se eu quero colocar isso aqui conjunto maior de pixels na sua tela, eu quero botá-los por exemplo, 512 por 512 pixels na sua tela, para ela ocupar espaço da tela. Se eu botasse cada ponto correspondendo a pixel, ela teria tamanho pequenininho. Se eu dobro, vez de botar 256 por 256, eu boto 512 por 512, eu dobrei na horizontal, dobrei na vertical o tamanho, ela ocupa pedaço maior da sua tela. Mas para fazer isso, eu só tenho 256 valores, eu tenho que agora criar 512 valores. Eu tenho que criar algum valor entre esse primeiro pixel e o segundo aqui, eu tenho que adivinhar alguma coisa. O quê que a gente pode fazer para criar esses novos valores? Bom, a gente pode, por exemplo, mandá-lo simplesmente repetir o valor. Então, aqueles 156, deixa eu voltar lá, esses 156, eu vou repetir os 156 aqui, os 159 eu repito, os 158 eu repito. Aqui, na realidade, para a gente ver direitinho, eu estou mandando ele repetir onze vezes, ou vinte e uma vezes, eu não lembro mais ao certo. Mas o que a gente vê é o seguinte. Quando eu repito o valor, eu crio esses quadradinhos aqui. Esses quadradinhos significam, então, que todo mundo aqui dentro tem o mesmo valor de cinza. Esse outro quadradinho do lado significa que todo mundo tem o mesmo valor de cinza. Então, eu crio aqui uma imagem com esses quadrados todos. Por outro lado, eu poderia dizer o seguinte, olha: "Não vou fazer os 156 repetidos, eu vou fazer o valor do meio aqui sendo a média entre 156 e 159. O valor no meio aqui, eu vou fazer sendo a média entre 156 e o 160. Nesse caso, eu obtenho já uma imagem melhor, eu nao tenho aqueles quadrados todos. Então, nesse módulo a gente vai entender por que que isso acontece e como a gente pode se beneficiar desse fenômeno, dessa diferença entre repetir todo mundo e fazer a média entre os caras. A gente vai ver quais são os efeitos disso e como isso pode nos ajudar outras aplicações. Então, basicamente, onde a gente se encontra agora para esse módulo? A gente tem que o processo de reconstrução é o processo, então, de converter sinal digital 'x' de 'n', que ao passar por conversor digital para analógico- isso aqui é DAC, Digital to analog converter- ele vai criar sinal reconstruído 'x' de 't'. E qual é a função desse conversor digital para analógico? Bom, eu tenho aqui, por exemplo, o sinal 'x' de 'n', ele vale no instante 0, ele vale 3,1, no instante -1, ele vale 0, no instante 1, ele vale 2,5. Esses valores correspondem aos instantes de amostragem. Então, eu sei que eu quero que o meu sinal reconstruído instante 0, ele valha a mesma coisa que a amostra 0 do meu sinal digital, 3,1. No primeiro instante de amostragem, eu quero que ele valha a mesma coisa que a primeira amostra do meu sinal digital, 2,5. No segundo instante de amostragem, eu quero que ele valha a mesma coisa que a segunda amostra do meu sinal digital, -1,2. Então o que o conversor digital para analógico tem que fazer nos instantes de amostragem é fácil. O problema é o que ele faz entre esses dois instantes. O quê que, por exemplo, quando você está ouvindo a minha voz aí, você tem as 48 mil amostras por segundo. O que ele está colocando entre duas amostras? No caso, muito possivelmente, o que ele está colocando entre duas amostras é aquilo que acontece na imagem. Ele está mantendo o valor contínuo entre as duas amostras. Então, entre a primeira e a segunda amostra, eu mantenho 3,1. Entre a segunda e a terceira amostra, eu mantenho 2,5. Entre essa amostra e a próxima, eu mantenho 1,2. Figurinhas, isso aqui vira o seguinte. Eu tenho o sinal original azul. Magenta, eu tenho o sinal reconstruído dessa forma, mantendo constante o valor da amostra até chegar a próxima amostra, aqui vermelho eu tenho as amostras. Isso aqui se chama, na prática, segurador de ordem 0. E esse é o tipo mais comum de conversor digital para analógico que existe; que você mantem o valor, você segura o valor. Existe outro segurador, que não é tão comum na prática, que, vez de segurar o valor, ele cria uma linha reta entre duas amostras. Isso aqui a gente vai estudar pouquinho sobre o que ele faz, quais as vantagens dele. A gente vê, claramente, que ele se aproxima mais, a forma de onda se aproxima mais do centro. E a gente vai estudar qual é a vantagem dele, se é possível fazer melhor do que ele, como a gente pode fazer melhor e quais são os efeitos dessa reconstrução sobre o sinal. Então, eu espero ver vocês nesse módulo e até o próximo vídeo. [MÚSICA]